2022

CARCAÇA

Direção Artística e Coreografia

Marco da Silva Ferreira

Assistência Artística

Catarina Miranda

Performers

André Speedy, Fábio Krayze, Leo Ramos, Marc Oliveras Casas, Marco da Silva Ferreira, Maria Antunes, Max Makowski, Mélanie Ferreira, Nelson Teunis, Nala Revlon

Som e direção técnica

João Monteiro

Desenho de luz

Cárin Geada

Música

João Pais Filipe (percussionista) e Luís Pestana (música eletrónica)

Figurinos

Aleksandar Protic

Cenografia

Emanuel Santos

Estudos Antropológicos

Teresa Fradique

Danças Folclóricas

Joana Lopes

Direção de produção

Mafalda Bastos

Produção Executiva

Mafalda Bastos e Joana Costa Santos

Estrutura de Produção

P.ulso

Difusão

Art Happens

Co-produção

Teatro Municipal do Porto, Centro Cultural de Belém, Big Pulse Dance Alliance, co-produced by New Baltic Dance (Lithuania), Julidans (The Netherlands), Tanz im August/HAU Hebbel am Ufer (Germany), Dublin Dance Festival (Ireland) and ONE Dance Week (Bulgaria), co-funded by the Creative Europe programme of the European Union, Centre Chorégraphique National de Caen en Normandie, La briqueterie - CDCN du Val-de-Marne, Maison des arts de Créteil, KLAP- Maison pour la danse, CCN-Ballet National de Marseille, Charleroi danse, centre chorégraphique de Wallonie - Bruxelles, December Dance (Concertgebouw and Cultuurcentrum Brugge), La rose des vents – scène nationale Lille, Métropole – Villeneuve d’Ascq, TANDEM Scène Nationale Arras-Douai

Apoio

República Portuguesa – Cultura, DGARTES – Direção Geral das Artes

Residências artísticas

A Oficina (Guimarães), Ballet National de Marseille, Escola Superior de Dança (Lisboa), O Espaço do Tempo (Montemor-o-novo), Teatro Municipal do Porto

Fluxo físico, intuitivo e despretensioso do corpo, da dança e de construção cultural

 

Em C A R C A S S , Marco da Silva Ferreira usa a dança como ferramenta para pesquisar sobre comunidade, construção de identidade colectiva, memória e cristalização cultural. A coreografia que parte inicialmente de footwork saltado como motor agitador e acelerador, desenha progressivamente um corpo vibrante, rebelde e carnavalesco em direção à resiliência e união. A pesquisa deste projecto iniciou-se em CORPOS DE BAILE para a Companhia Nacional de Bailado em 2020. Um elenco de 10 performers formam

um colectivo que pesquisa sobre a sua identidade colectiva num fluxo físico, intuitivo e despretensioso do corpo, da dança e de construção cultural.

Partem de trabalho de pernas (footwork) que lhes é familiar, oriundo do clubbing, dos ball’s, das battles das cyphers e do estúdio para se aproximarem de danças folclóricas padronizadas e imutáveis relacionadas com a sua memória/herança.

Estas danças do passado cristalizaram e não tiveram capacidade de integrar novas definições de corpos, grupos e comunidades que eram tidas como menores. Foi necessário romper com o passado autoritário, totalitário e paternalista. Em C A R C A Ç A propõe-se um exercício integrante do passado e do presente. Pensando-se sobre:

Como se decide esquecer e tornar memória? Qual o papel das identidades individuais na construção de uma comunidade? Qual a força motriz de uma identidade? Que mundo está a atravessar o corpo individual e colectivo? Ou, melhor, que corpos estão a atravessar o mundo?

Os passos complexos mas feitos com tênis simples, trarão não só o som ao palco, mas também as trocas entre as energias cinética, térmica e luminosa. Os sons físicos são acompanhados pela

bateria tocada por João Pais Filipe e a música eletrónica de Luis Pestana.

Esses elementos, executados ao vivo, constituem uma trilha sonora acelerada que interliga referências da música tradicional (por exemplo fanfarras e marchas), da música pós-moderna e da música de clubbing (Techno/ trance/dub).