2021
2021
Jorge Jácome + Marco da Silva Ferreira
Alina Folini + Eríc Santos + Marco da Silva Ferreira + Mélanie Ferreira
Rui Monteiro
Teresa Antunes
Rui Lima + Sérgio Martins
Ricardo Andrez
P.ulso
Joana Costa Santos
Mafalda Bastos
Art Happens
Pensamento Avulso, Teatro Municipal do Porto/DDD ‑ Festival Dias de Dança +
Centre Chorégraphique National de Caen em Normandie +
POLE ‑SUD – Centre de Développement Chorégraphique National de Strasbourg +
Théâtre de la Ville
Espaço do tempo
Centre Chorégraphique National de Caen em Normandie +
Alkantara +
Teatro Municipal do Porto
Direção Geral das Artes +
Fondation d’entreprise Hermès ‑ New Settings Program
Marco da Silva Ferreira é apoiado por / “Associate Artisit Residency” - Centre Chorégraphique National de Caen, Normandie ‑ diretor Alban Richard
SIRI é
uma peça dança que propõe um futuro distópico
em que humano, tecnológico e digital se confundem. A peça tem lugar num campo simultaneamente arqueológico e tecnológico que guarda diferentes memórias, usos e modos de expressão dos corpos, das imagens, dos objetos e do movimento entre eles produzidos.
Numa grande mancha roxa, cor da reencarnação, 12 corpos robotizados e quatro corpos humanos despertam e exploram as suas sensibilidades.
A coreografia é pensada como um processo de regeneração em que os corpos procuram curar-se e tornar-se progressivamente mais funcionais. Num processo semelhante ao de terapias que têm a ressonância oscilatória como base, os gestos alternam entre uma presença ondulante artificializada e massagens que fazem a si mesmos e entre si - em
Os 4 intérpretes humanos despertam de um sono profundo e iniciam um scan ao espaço e ao seu corpo que lhes parecem na verdade parte de uma mesma matéria. À medida que se aproximam, a sua massagem torna-se colectiva e progressivamente mais profunda e energética, desenhando uma viagem pelo corpo - da pele à carne, ao osso e finalmente vísceras e “coração”.
O lugar dos robots
em cena já não é o da sombra e que ilumina os corpos humanos em palco, mas o de serem vistos e de assumirem um protagonismo coreográfico e cenográfico.
Ao longo da peça observam, são observados, acumulam informação e trocam mimetismos com os corpos humanos, executando movimentos graciosos e precisos, como se juntos, robot’s e humanos formassem um corps des ballet.
Os corpos demoram-se neste mantra hipnótico. São suportados por composições sonoras e visuais que acentuam esta energia pulsante e que influenciam os seus ritmos e a sua amplitude na construção de um universo melancólico e misterioso, inspirado pela
Curta-história de
Isaac Asimov- Eyes do more than see